Construindo poesia na periferia

Imagine jovens que se reúnem em sua quebrada para discutir seus problemas, fazer arte e reinvindicar seus direitos ? É exatamente o que faz o grupo VOPO.

A sigla VOPO, Vozes Poéticas, foi o nome dado pelos seus integrantes ao coletivo cultural fundado por jovens residentes do Parque Vila Maria em São Paulo, estudantes da EMEF Paulo Carneiro. A proposta surgiu do professor de História Felipe Yañez, em 2014, nos projetos educacionais do contraturno da escola onde trabalhava a disseminação da cultura latino-americana.

Com referências das artes, do hip-hop e vivendo na pele as desigualdades sociais, os jovens misturam poesia e performance com a crítica social resultando em uma imensa variedade de criações que retratam seu dia a dia e os motivam na direção da luta pelos seus direitos.

Com estreito contato com expoentes da poesia periférica como Ni Brisant, Cleyton Mendes, Ferrez, Mariana Felix e Sergio Vaz, o grupo teve sua primeira publicação em 2017 onde reuniu poesias de cerca de 40 estudantes. Sua atuação já incentiva outras iniciativas como a criação do Coletivo AMOR (Arte, Movimento e Rebeldia), da EMEF Marechal Rondon.

Muito além do ambiente escolar, o movimento tem se manifestado contra o processo de reintegração de posse da Ocupação Douglas Rodrigues, que se encontra nas proximidades da escola e abriga cerca de 2000 famílias onde vivem muitos dos estudantes participantes do coletivo.

Seu manifesto, disponível nas redes sociais, proclama:

“Por um protagonismo efetivo
Que rompa as cadeiras acadêmicas
Pule o muro da escola
E na rua manifeste em uma arte
Com, Para e Sobre o Povo”

Deixo vocês com Gustavo, soltando o verbo.

Você pode conhecer mais do coletivo VOPO em :
Facebook: https://www.facebook.com/VOPOvozespoeticas/
Instagram: @vopo

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