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DECLARAÇÃO DO ENCONTRO NACIONAL EXTRAORDINÁRIO DO DIALOGO E AÇÃO PETISTA

São Paulo, 1 de Setembro de 2018

Às ruas com Lula 13!
Por Lula Presidente com Constituinte!

Companheiras e companheiros petistas,
As próximas semanas serão decisivas para o futuro da nação, hoje bloqueado pela política do golpe.
Em dois anos, o golpe do impeachment criou uma situação gravíssima. São 13 milhões de desempregados, 5 milhões de desalentados, mais 9 milhões de subocupados, somando um quarto da força de trabalho, que é o esteio do país. Em dois anos, destruiu o emprego duramente conquistado em doze anos de gestões petistas.
Cortes atingiram em cheio a saúde, a moradia e a educação, objeto da contrarreforma do ensino médio; encareceram o gás de cozinha e a gasolina.
Os golpistas, agentes do capital financeiro internacional no judiciário, no Congresso e na mídia, estrangularam os programas de apoio aos pequenos produtores rurais, os programas para o semiárido e outras regiões, atacaram as políticas de defesa dos oprimidos, jovens, mulheres, negros, quilombolas e indígenas.
Eles reviveram o obscurantismo nas artes e na cultura de décadas atrás, e até o fascismo trouxeram de volta.
A contrarreforma trabalhista – que retrocedeu a 1940 – com o trabalho intermitente, o estrangulamento abrupto do financiamento sindical e a terceirização irrestrita, liberada pelo Supremo Tribunal Federal, expõe os trabalhadores à exploração desenfreada.
Os golpistas estão desmontando a economia nacional, privatizando o sistema Petrobras e a Eletrobrás e desnacionalizando a Embraer. O país regride à condição de exportador de produtos primários.
A recessão roubou centenas de bilhões da arrecadação, terminando de quebrar os Estados sob o peso de uma dívida impagável, e o serviço público é sucateado. O alarme com a segurança pública vem daí.
Mas Temer utilizou esse pretexto para a intervenção militar no Rio de Janeiro, que não resolveu, mas agravou a violência, e agora avança com a militarização em Roraima.
A classe dominante com seus candidatos ainda quer mais, quer avançar no ajuste fiscal, privatizar a Previdência e as estatais restantes. Mas eles estão nervosos e inseguros.
Afinal, também foram dois anos de resistência e de luta, inclusive com uma greve geral em abril de 2017.
O PT nunca aceitou o golpe e, apesar de vários tipos de dificuldades, lutou por Fora Temer – Nenhum Direito a Menos. Junto com a CUT e os movimentos populares, se opôs à austeridade para fazer superávit e pagar a dívida.
Perseguido pelos golpistas, Lula terminou preso por uma sentença forjada para torná-lo inelegível, o que ele e o PT não aceitaram e combateram de forma incansável. Foi assim que ele cresceu e agigantou-se nas intenções de voto.
Hoje, se sente nas ruas aquilo que dizem as pesquisas: Lula é disparado o favorito, ganha a eleição com a maior votação da história. É o único que pode reverter o golpe e atender às demandas populares.
Companheiros e companheiras,
As próximas semanas são decisivas para reverter o desastre nacional.
Há exatos 2 anos, na esteira do golpe e com o desgaste dos erros de conciliação, numa hora tensa de angústia pelo futuro, lançamos o Manifesto Pela Reconstrução do PT “com base na retomada dos compromissos históricos”.
E avançou! O povo foi à luta, as bases se expressaram. O 6o Congresso do PT (junho de 2017), apesar do balanço inconcluso, deu elementos para chegarmos ao quadro atual, onde o PT volta a ter 29% de preferência partidária.
Lula foi e segue sendo, mesmo preso, o nosso candidato a presidente, pela aliança nucleada no PT e PCdoB.
Há problemas em Estados onde o PT foi rifado por acordos com forças que não são “antiimperialistas e radicalmente democráticas”, o que nós rechaçamos, como preconizou o 6o Congresso. Mas predomina a candidatura Lula como única alternativa para o povo derrotar o golpe.
Lula é candidato com o programa da revogação das medidas golpistas, e a “convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, livre, democrática, soberana e unicameral, eleita para este fim, nos moldes da reforma política” para “as reformas estruturais indicadas e a reforma das Instituições”, tais como a do judiciário, da mídia e a tributária, reduzindo impostos sobre o consumo e a renda do trabalho e aumentando sobre os lucros e a renda do capital.
A luta do povo com suas organizações, apoiada nesses pontos do governo Lula, no calor da luta de classes, desenvolverá o programa para integrar bandeiras como a jornada de 40 horas e a desmilitarização das PMs, como também agrupará e selecionará aliados antiimperialistas.
A candidatura Lula é um extraordinário ponto de apoio para a luta do povo brasileiro, e que repercutirá entre os povos do continente submetidos à pressão imperialista, ajudando a tirar a Venezuela de Maduro do cerco e, junto ao povo que elegeu Lopez Obrador no México, avançar no caminho da soberania.
Companheiros e companheiras,
As próximas semanas serão decisivas para abrir a estrada do futuro.
Todo o partido e cada um dos seus candidatos devem estar unidos pela vitória de Lula Presidente, com Haddad como vice. “A crise”, como disse o próprio Haddad, “só terminará quando Lula subir a rampa do Palácio do Planalto”.
É possível vencer. O povão já tem um presidente, Lula, e não engolirá a entrega da presidência a um político qualquer ou à dupla de milicos. Nossos inimigos não têm discurso, tampouco apoio popular, seu rosto é a cara do odiento Temer.
Eles têm o “mercado”, que já começou a intrigar e chantagear, especulando com o dólar e a Bolsa. Mas firmeza, pois o “mercado” não vota.
Eles têm o judiciário, a mídia e os golpistas mancomunados. Mas cada vez mais gente do povo percebe as fraudes, cresce a solidariedade mundial dos trabalhadores e democratas, e até o Comitê de Direitos Humanos da ONU exigiu o respeito ao direito à candidatura de Lula, o que foi ignorado pela maioria do TSE.
Eles não conseguirão impedir Lula de voltar à presidência. A vontade do povo, ao fim, será mais forte.
Nas próximas semanas, vamos nos manter organizados e informados para a intensa batalha de rua pela vitória. Uma batalha para eleger senadores e deputados federais, governadores e deputados estaduais do PT, pelo voto no 13 e em candidatos antiimperialistas com Lula.
Como disse o companheiro Lula na carta que nos mandou da prisão, em Curitiba, “precisamos radicalizar o debate político e programático se quisermos governar o país outra vez”.
É isso aí, cabeça erguida, vamos para a rua, Lula neles! Temos candidato, partido e programa de governo!
Agora, nada é mais importante que dialogar e esclarecer, convencer e arrastar, sem hesitar nem dispersar.
Às ruas!
[O encontro reuniu 90 delegados de 15 Estados, mais 36 observadores e convidados, no Auditório da APEOESP (Associação dos  Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo]
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