Diretório Nacional do PT aprova moção de solidariedade à Luísa Hanune

Reunido em São Paulo na última sexta-feira (19), o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores aprovou por aclamação uma moção de solidariedade à Luísa Hanune. A proposta foi apresentada pelo companheiro Luiz Eduardo Greenhalgh durante encontro que marcou o lançamento do 7º Congresso do PT.

Desde 9 de maio de 2019, a secretária-geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia está em detenção provisória sob a acusação de conspirar contra o governo por ordem do Tribunal de Blida, na Argélia, aonde foi se apresentar para um depoimento como testemunha.

Três vezes candidata por seu partido à presidente da República – a primeira mulher argelina a candidatar-se a esse posto em 2004 –, Luísa Hanune foi eleita deputada na Assembleia Nacional Popular por cinco mandatos consecutivos após 1997. A prisão de Luísa Hanune sem culpa formada é uma brutalidade antidemocrática injustificável.

Confira o documento na íntegra:

Nota do Diretório Nacional do PT: Pela libertação de Luísa Hanune!

Há mais de dois meses, desde 9 de maio, a secretária-geral do Partido dos Trabalhadores da Argélia, Luisa Hanune, está em “detenção provisória” por ordem do Tribunal Militar de Blida, aonde foi prestar depoimento como testemunha. No último dia 14 de julho, o juiz de instrução rejeitou nova apelação dos advogados para que Luisa responda em liberdade à acusação de “conspiração contra o regime”.

Três vezes candidata por seu partido à presidente da República – a primeira mulher argelina a candidatar-se a esse posto em 2004 -, Luisa Hanune foi eleita deputada na Assembleia Nacional Popular por cinco mandatos consecutivos após 1997.

O PT conhece pessoalmente Luisa dos eventos auspiciados por seu partido em Argel, em nome do Acordo Internacional dos Trabalhadores e dos Povos. Num gesto generoso, o presidente Lula, da cela de Curitiba, lhe enviou uma mensagem fraterna, mostrando como a solidariedade entre os povos não tem fronteiras, nem mesmo é impedida pelas grades das prisões.

A prisão de Luisa Hanune sem culpa formada é uma brutalidade antidemocrática injustificável. A acusação de “conspiração contra o regime” é insustentável quando, desde 22 de fevereiro passado, milhões e homens e mulheres se manifestam por “fora o regime” todas as sextas-feiras, sem exeção, e já provocaram a renuncia do ex-presidente e o cancelamento das eleições presidenciais antes marcadas para 4 de julho.

Em todo o mundo, milhares de lideranças políticas, sindicais, intelectuais, ex-presidentes e primeiro-ministros, parlamentares – o parlamento português como tal – tomaram posição pela libertação de Luisa. A preocupação cresce com sua delicada situação de saúde, num momento de escalada do regime com novas prisões políticas, até mesmo de um “mujahid” (título de heróico combatente na guerra de libertação, em 1962).

O Partido dos Trabalhadores manifesta ao povo e as autoridades da Argélia, como a opinião pública nacional e  internacional, sua demanda pela imediata libertação de Luisa Hanune. 

O PT, no respeito da soberania nacional para todos os povos, renova aqui o seu compromisso com a defesa das liberdades democráticas no mundo.

São Paulo, 19 de julho de 2019

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

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