Cúmplices da tragédia nacional

Se se pode trabalhar, pode ir no culto. Se se pode trabalhar, pode ir no buteco ou no baile funk. Não entende como pensa a base social do PT quem não está “pisando no barro”.

Sem nenhuma proteção e com pouco emprego, o povo tem que sair pra sobreviver e passa o risco de contaminação no busão, na fábrica, no trem lotado. Não se pode jogar a culpa no povo. São vítimas, não cúmplices.

Seria necessária testagem em massa e periódica garantida nos locais de trabalho e nas UBSs. É assim no futebol, porque não para os demais trabalhadores? Seria importante em algumas regiões fazer um “lockdown” sério, mas como falar para os trabalhadores “fiquem em casa” sem garantia no emprego, enquanto os patrões pressionam para trabalhar? Lei para proibir demissões durante a pandemia!

Como falar isso para os trabalhadores informais e profissionais liberais, sem auxílio emergencial digno, negado por Bolsonaro/Guedes como exige o mercado? Auxílio emergencial de no mínimo R$ 600 já!

E para os pequenos comerciantes que deveriam ser anistiados 100% seus aluguéis, mas não têm ajuda sequer para seu fluxo de caixa? Os donos de imóveis comerciais não vão morrer de fome. Anistia dos aluguéis já!

Após 1 ano de pandemia, os governos nada fizeram

Os governos, todos, nada fizeram. Ao invés de mais ônibus e trens para reduzir a aglomeração, redurizam a frota, como o prefeito Covas em São Paulo.

As mais de 4000 salas de aulas fechadas pelo governador Alckmin desde 2015 no Estado de São Paulo agora fazem falta para preparar o retorno presencial com distanciamento! E o governador Doria (PSDB) nada fez para mudar isso!

Não é coincidência: o aumento de casos da covid-19 em janeiro ocorre no mesmo momento em que foram fechados milhares de leitos. Tem a ver com o fim do “orçamento de guerra” de 2020, que o governo genocida de Bolsonaro/Guedes adia o quanto pode votar o orçamento de 2021. Não é falta de planejamento: é a austeridade fiscal exigida pelo “mercado”.

A Gleisi (e até Renan Calheiros) avisaram em dezembro: não pode ter recesso parlamentar em janeiro, precisa votar o auxílio emergencial, etc. A oposição chegou a publicar carta pedindo suspensão do recesso. Mas o Congresso Nacional só pensava na sucessão de Maia e de Alcolumbre.

São cúmplices da tragédia nacional!

Bolsonaro/Guedes e todos que os sustentam, o Congresso, governadores e prefeitos, são todos responsáveis pela tragédia. Uns mais, outros menos. Não é acaso ou azar de novas variantes do vírus. São as instituições que não atendem as necessidades populares para satisfazer o “mercado”. Uma hora dessas o povo se cansa e explode. Estará o PT preparado para ajudar o povo a reconstruir a nação, ou ficará amarrado à institucionalidade decadente?

Mateus Santos

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Diálogo e Ação Petista

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