Fome generalizada em Gaza
Segundo Mohammed Abu Salmiya, diretor do Hospital Shifa, na Cidade de Gaza, cerca de 900 mil crianças estão passando fome, e 70 mil estão em estado de desnutrição. A OMS, estima que 21 crianças com menos de 5 anos morreram de desnutrição causada pela fome na Faixa de Gaza.
Mais de 100 organizações humanitárias, entre elas Save the Children, Oxfam e Médicos sem Fronteiras, publicaram um comunicado conjunto denunciando a “fome generalizada” em Gaza, gerando um impacto devastador nas crianças palestinas. A ONU declarou na última terça-feira (23/07) que Israel matou mais de 1.000 palestinos que buscavam ajuda alimentar. O número disparou após uma obscura organização privada começar a operar para substituir as ações coordenadas pela ONU. A Fundação Humanitária de Gaza (FHG) iniciou suas operações em maio e recebeu, de financiamento do Departamento de Estado dos EUA, $30 milhões de dólares. A FHG tem parceria com uma empresa de segurança privada de Philip F. Reilly, ex-oficial sênior da CIA, para supervisionar a logística e rotas de acesso.
Dr. Abu Safiya
Gheed Kassem, advogada que representa o médico palestino Abu Safiya levantou preocupações sobre a deterioração de sua saúde e a tortura rotineira na prisão israelense, onde os presos recebem apenas duas colheres de arroz por dia. Segundo ela, o diretor do Hospital Kamal Adwan, Dr. Abu, enfrentou agressões físicas graves que resultaram em hematomas na cabeça, pescoço, caixa torácica e costas.
Dr. Abu Safiya, permanece em confinamento solitário na prisão militar de Ofer – que abriga 450 detentos da Faixa de Gaza – não pesa mais de 60 quilos, de acordo com sua advogada. Ele é mantido numa cela subterrânea que é completamente escura e não recebe luz natural.
A advogada descreveu que os palestinos presos em Ofer podem comer apenas duas colheres de arroz por dia, enquanto o açúcar e o sal são completamente proibidos “para evitar que qualquer aumento no hormônio da felicidade”. A campanha pela libertação imediata do Dr. Abu, organizada no Brasil pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo segue coletando assinaturas. Para aderir à campanha, acesse o site: https://tinyurl.com/LiberdadeDrAbu