Formado no Rio de Janeiro um Comitê pela Federalização da Apuração de Chacinas

No dia 14/11, na sede da Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj), membros de diversas organizações, dentre elas a Faferj, Movimento de Mães e Familiares de Vítimas da Violência Letal do Estado e Desaparecidos Forçados, Rede de Apoio às Vítimas da Violência do Estado (Raave), Diálogo e Ação Petista Associação (DAP) além da Federação Nacional Afrobrasileira (Fenafro) e trabalhadoras da Defensoria Pública, constituíram o Comitê pela Federalização da Apuração de Chacinas – RJ.

O Comitê, que é aberto a todas entidades, cobra uma medida concreta e eficaz do governo Lula através de uma apuração isenta, que só será possível se feita em nível federal, como ocorreu na apuração do assassinato de Mariele Franco. Afinal, o que esperar da PM do governador Cláudio Castro, mandante da chacina, investigando próprio Cláudio Castro?

A “Operação Contenção” a mais letal da história do país, deixou um rastro de sangue com 121 mortes e nenhum problema resolvido. O crime organizado continua ocupando o território e a vida segue na precariedade, na ausência dos serviços públicos para sua população que acaba submetida aos “serviços” da criminalidade. Majoritariamente negro, o povo da favela e das periferias são os que sempre sofreram pela precariedade dos serviços e pela violência policial.

Uma das primeiras iniciativas públicas do Comitê foi a participação no ato que celebra do Dia Consciência Negra (20/11), em Madureira, onde levou uma faixa cobrando a federalização da investigação da chacina do Alemão e da Penha. O Comitê também tirou um manifesto distribuído convocando a próxima reunião na sede da FAFERJ.

Participação do Comitê no Ato do Dia da Consciência Negra (20/11) em Madureira/RJ

Enquanto isso, na semana da Consciência Negra, a Câmara dos Deputados aprovava por larga maioria o PL Antifacção do secretário de Segurança de Tarcísio, que, mesmo recuando, deturpa o projeto do governo pois dificulta o combate ao crime organizado pela Polícia Federal. O PL que teve apoio de “aliados” do governo (!) agora segue para o Senado.

Paulo Henrique, DAP-Alagoas

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