Santa Catarina: polêmica sobre política de alianças

Principal discussão nos grupos, em plenário é aprovada proposta do DAP

O congresso estadual do PT de Santa Catarina, em Joinville, mostrou a vitalidade da militância do partido para enfrentar a dura conjuntura que atinge os trabalhadores.

O Diálogo e Ação Petista teve atuação destacada nas discussões. Já na aprovação da tese-guia foi aprovada, com 60% dos votos, a tese do DAP – apoiada pela Construindo um Novo Brasil, Esquerda Popular Socialista e Fortalecer, que apresentaram os 7 pontos da nossa tese -, contra a tese das correntes Partido que Constrói Mudanças (setor da CNB), Democracia Socialista e Militância Socialista.

Nos grupos, a principal polêmica foi sobre política de alianças. A composição DS/MS/PCM se negou a integrar na plataforma para alianças, o conteúdo programático anti-imperialista proposto pelo DAP. Ela opunha uma “frente em defesa da democracia, soberania e direitos” sem explicar qual seria o conteúdo de sua plataforma. Em alguns momentos, mesmo tendo sido ovacionada a palavra de ordem Lula Livre no plenario, quando levantada pelos oradores, o bloco titubeava na hora de discutir esse ponto na plataforma.

Coisa parecida havida ocorrido há alguns meses em Florianópolis, a capital, na discussão sobre uma “frente de esquerda” com o PSOL e outros partidos, onde a MS (Militância Socialista) e os setores então majoritários do PT, escorregavam de integrar o Lula Livre na plataforma. Agora, no Estadual, disseram que não cabia frente anti-imperialista em pequenos municípios, um argumento esdrúxulo pois a opressão imperialista uma tema nacional (e não conforme o “tamanho” do município). Eles propunham “alianças com setores progressistas para derrotar Bolsonaro”, deixando a porta aberta para se aliar a qualquer setor para derrotar o “fascista” Bolsonaro. Esta era a caracterização do governo Bolsonaro apresentada pela tese derrotada no Estadual.

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Ao final, o plenário adotou o ponto 6 defendido pelo DAP, sobre a política de alianças, contra a “frente” defendida pelo PCM/MS/DS.

Houve duas candidaturas a presidente: Dresch (PCM com MS e DS), e Décio Lima (CNB) apoiado pelo DAP, EPS e “Fortalecer” (grupo local), e duas chapas à direção, reproduzindo esta composição.

Vitoriosa com cerca de 60% dos votos, a chapa CNB/DAP/EPS/Fortalecer elegeu Décio Lima, ex-prefeito de Blumenau, presidente do partido. Ao final do congresso, era nítido o reconhecimento pela militância do lugar que o DAP ocupou, passando a integrar a Executiva Estadual, e elegendo dois membros para o Diretório.

*Com informações de Rene Muraro

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